Macapazinho sedia o 1º Seminário Municipal de Educação Escolar Quilombola

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“Aprochegue-se e umbora prosear”. Com este dizer próprio dos camponeses, a Prefeitura de Castanhal, através da Secretaria de Educação – SEMED, recebeu os participantes do 1º Seminário Municipal de Educação Escolar Quilombola realizado na última terça-feira (09), na Barraca da Santa na agrovila de Macapazinho.
 
Coordenado pelos Núcleo de Educação do Campo – NEC e Núcleo de Educação para as Relações Etnicorraciais e Diversidade – NERED, o evento teve como tema “Território e territorialidades no âmbito do direito à Educação: Processos em curso no município de Castanhal – Pará”.
 
Realizado em articulação com as escolas municipais Maria Bandeira Braga, de Macapazinho, e Fernando Nunes, da comunidade São Pedro, o evento contou com a participação dos secretários de Educação, Prof. Adriano Silva, de Assistência Social, Carmem Quadros, de Cultura, Elane Gadelha. Participaram do debate o Professor da UFPA, José Pureza Assunção, Coordenador do Programa de Extensão Universidade no Quilombo; Dr. José Farias, OAB Pará; Aurélio Santos, da Associação Malungu e Elias Borges, da Associação Quilombola de Concórdia do Pará.
 
Segundo as coordenadoras do seminário, Josiane Nascimento (NEC) e Ana Lima (NERED), a temática proposta debateu os processos de reconhecimento e regulamentação das escolas municipais situadas nos territórios quilombolas São Pedro e Macapazinho, legalmente reconhecidos, com vistas à operacionalização das políticas e programas educacionais motivados pelo respeito à diversidade cultural e étnica dos povos do campo atendidos pela Rede Municipal de Educação.
 
Professor Assunção enfatizou que a educação escolar, dentro de uma comunidade dessa natureza precisa se pautar pelos elementos da escola quilombola.
“Para além da educação precisa haver uma educação escolar quilombola”, disse Assunção.
 
O Secretário de Educação de Castanhal, Prof. Adriano Silva enfatizou que um evento como este, nos coloca lado a lado, sem superioridade, e mostra que todos devemos contribuir nesse debate e ficar vigilantes para que o preconceito não prevaleça, principalmente, através da educação de nossas crianças.
 
“Nós precisamos levar essa experiência de educação para todas as comunidades, envolvendo toda nossa rede, do campo e da cidade, para que esse tema possa ser discutido pois envolve a todos”, finalizou o secretário.
 
Fonte:Ascom-PMC.